quinta-feira, 20 de maio de 2010

Juan E. Díaz Bordenave



Juan E. Díaz Bordenave é paraguaio, agrônomo, Mestre em Jornalismo Agrícola pela Universidade de Wisconsin e PhD em Comunicação pela Universidade do estado de Michigan, ambas nos EUA. Autor dos livros Estratégias de ensino- aprendizagem (Vozes 1977, 12ª ed. 1991),
com Adair Martins; Além dos meio e mensagens - introdução à comunicação como processo, tecnologia, sistema e ciência(Vozes 1983, 5ª ed. 1991); Comunicação e planejamento,(Paz e Terra, 1980) com Horacio Martins Carvalho; Educação rural no terceiro mundo,(Paz e Terra,1981) Com Jorge Werthein e prólogo de Paulo Freire. Como Consultor Internacional em Comunicação e Educação, presta serviços a organismos nacionais dos países latino americanos e a organismos internacionais como UNESCO, FAO, OIT UNFPA, IICA e CIID. reside em Rio de Janeiro desde 1986.

Unesco - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização Educacional, Científica e Cultural de Nações Unidas)
FAO - Food and Agriculture Organization ( Organização para a Agricultura e a Alimentação)
OIT - Organização Internacional do Trabalho.
UNFPA - Fundo de População das Naçoes Unidas.
IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura


LIVROS DO AUTOR
LIVRO: O que é Comunicação
EDITORA: Brasiliense
ANO: 2005
NÚMERO DE PÁGINAS:
150

LIVRO:Além dos Meios e Mensagens
EDITORA: Vozes
NÚMERO DE PÁGINAS: 112

LIVRO: O que é Partcipação
EDITORA: Brasiliense
ANO: 1994
EDIÇÃO: 8
NÚMERO DE PÁGINAS: 84



O QUE É COMUNICAÇÃO

O livro: O que é Comunicação do autor Juan E. Díaz Bordenave, demonstra a trajetória da humanidade, descreve a necessidade da comunicação dos povos primitivos para sua sobrevivência. Traz as grandes invenções, que nortearam a vida em sociedade, como: a escrita, a gramática e a imprensa. Com a comunicação adveio como natural consequência a existência de milhares de idiomas e dialetos ao longo da história.
Um marco significativo para a evolução da comunicação foi o surgimento da imprensa, que a expandiu e a tornou acessível. Facilitando aos menos favorecidos o conhecimento.
Com isso, a comunicação do poder manifestada pela classe dominante com o objetivo de manipular e não deixar a sociedade civil criar o senso crítico, perde força.
Na manipulação da comunicação, as elites mobilizaram várias medidas, entre elas:
  • Comunicação Dirigida: manipulação da linguagem, imposição de certos conteúdos, proibição de outros (censura).
  • Comunicação Limitada: a comunicação sendo orientada para forçar as classes baixas a manterem seus códigos restritos.
  • Comunicação Constrangida: esforços realizados por grupos privados e governamentais para estruturar e limitar a comunicação pública com a finalidade de conseguir que prevaleçam seus interesses.
Entretanto, tendo a sociedade civil constatado o vasto poder da comunicação e a manipulação da elite em oferecer ao povo "pão e circo" luta pela transformação com diversos movimentos. Deseja uma sociedade participativa, igualitária e antielitista.

ORGANIZAÇÃO DA LINGUAGEM


Outra grande invenção humana foi a gramática, conjunto de regras e normas, que serve para organizar, analisar e compreender a estrutura de uma língua.

ORIGEM DA FALA HUMANA

Não se sabe ao certo a origem da fala humana, se os homens primitivos começaram a se comunicar entre si por gritos ou grunhidos, como fazem os animais, ou se por gestos, ou ainda se pela combinação dos mesmos.
A associação de um som ou gesto a um certo objeto ou ação fez com que nascessem os signos - referência a algum elemento da natureza; e a significação - uso social dos signos, compondo dessa forma a base da comunicação em geral e da linguagem particular.

O QUE É HIERÓGLIFO?

Hieróglifo: é um termo originário de duas palavras gregas: (hierós)"sagrado"(gryphein) "escrita". A escrita hieroglífica constituiu provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, e era vocacionada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. Com o tempo, evoluiu para formas mais simplificadas, como hierático, uma variante mais cursiva, que podia ser pintada em papiros e placas de barro. Mais tarde, a influência grega presente no Oriente Próximo,fez a escrita evoluir para o demótico,fase em que os hieróglifos ficaram mais estilizados, com a inclusão de alguns sinais gregos.


ESCRITA FONOLÓGICA


Escrita Alfabética Fonológica
- É o sistema de escrita alfabética ideal, em que a cada fonema (som) corresponderia uma letra. O foneticismo aproxima, portanto, a escrita de sua função natural que é a de interpretar a língua falada, a língua oral, a língua considerada como som. Dessa forma o sinal se liberta do objeto e a linguagem readquire a sua verdadeira natureza que é oral.

ESCRITA IDEOGRÁFICA

É um sistema de escrita que se manifesta através de "ideogramas": símbolo gráfico ou desenho (signos pictóricos) formando caracteres separados e representando objetos, ideias ou palavras completas e os sons com que tais objetos ou ideias eram nomeados no respectivo idioma. Por isso, eram necessários tantos símbolos quantos os objetos e ideias a exprimir. Provavelmente, a escrita ideográfica evoluiu a partir de formas da escrita pictográfica.

Os mais antigos vestígios de escrita ideográfica provêm de Sumer, cujo alfabeto dispunha de quase 20.000 ideogramas.

Outro exemplo de escrita ideográfica, e um dos primeiros sistemas de escrita, são os caracteres chineses e japoneses. Os ideogramas são inscritos, separadamente, num quadrado imaginário, dispostos em colunas e lidos de cima para baixo a partir da direita. Na forma tradicional, os caracteres eram traçados a pincel. O emprego da pena de escrever deu aos signos um aspecto anguloso.

No início, a escrita traduzia somente ideias (imagens) e não sons. Entretanto, para traduzir ideias abstratas, cuja transcrição gráfica era impossível, os chineses recorreram aos símbolos (ideogramas) de objetos concretos, correspondente na língua falada, a uma palavra com o mesmo som. Deste modo, introduziram elementos fonéticos na escrita ideográfica.

Fica claro, que nessa escrita ideográfica, existe a necessidade de um vasto número de diferentes símbolos - no período Shang (1766-1122 a.C), havia cerca de 2.500; hoje em dia há aproximadamente 50 mil. Isto torna a escrita muito difícil de ser apreendida. No entanto, apresenta uma vantagem significativa: a escrita pode ser lida independentemente da língua falada. Na China, com uma população falando diferentes dialetos, este recurso mostrou-se de grande valia.

Devido à resistência prolongada da China e Japão a influências externas, a escrita chinesa e japonesa alterou-se muito pouco na sua essência, desde que foi inicialmente desenvolvida, nunca evoluíram para outra forma de escrita, permanecendo não alfabética até hoje.

Em nossa escrita, usamos alguns símbolos ideográficos. O caso mais notável é a nossa representação dos números: [0] lê-se zero, [1] lê-se um, [2] lê-se dois e assim por diante. Observe que com apenas um sinal gráfico representamos uma palavra inteira que nos dá uma ideia completa.

As abreviaturas de nossa ortografia também podem ser consideradas símbolos ideográficos: [a.C.] lê-se antes de Cristo. / [V.S.a] lê-se Vossa Senhoria - [Adv.] lê-se [advogado]. Note que a abreviatura pode representar uma palavra ou uma locução. Nesse caso, o somatório de letras da abreviatura é que compõe o símbolo ideográfico.


fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/gramatica/370335